MP apura conduta da Guarda em manifestação que acabou com presos e feridos em Campo Grande
Manifestantes são presos e agredidos em ato no Centro de Campo Grande O Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) abriu um procedimento para investigar...
Manifestantes são presos e agredidos em ato no Centro de Campo Grande O Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) abriu um procedimento para investigar a atuação da Guarda Civil Metropolitana (GCM) durante a confusão registrada no último sábado (29), na rua 14 de Julho, em Campo Grande. A determinação é do promotor Douglas Oldegardo, coordenador do Grupo de Atuação Especial de Controle Externo da Atividade Policial (Gaeco-Pol). A manifestação, organizada por grupos de mães atípicas e motoentregadores, ocorreu durante a abertura da programação de Natal da capital, o “Natal dos Sonhos”, promovido pela prefeitura. A chegada do grupo ao local terminou em empurrões, pessoas feridas e prisões (veja vídeo acima). ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 MS no WhatsApp Em nota, o Ministério Público informou que o procedimento está em fase inicial e que os esclarecimentos públicos serão prestados em momento oportuno. O órgão destacou ainda que acompanha o caso dentro de suas atribuições constitucionais, que incluem o controle externo da atividade policial. O objetivo é apurar se houve excessos por parte dos agentes públicos durante a contenção dos manifestantes e na abordagem que resultou nas prisões. Boletim de ocorrência Imagens enviadas ao g1 mostram uma mulher sendo empurrada e um homem detido por guardas da GCM. Elisângela Silva de Souza, 43 anos, que aparece sendo derrubada no vídeo, registrou boletim de ocorrência. Mãe atípica, ela relatou escoriações e dores decorrentes da queda. “A pior lesão é não poder pegar meu filho. Eu sou a mãe atípica que foi jogada no chão”, afirmou. Um dos organizadores do ato, o professor Washington Alves Pagane, 35, também foi detido. Ele afirma que o secretário municipal de Segurança Pública acompanhava a ação e teria ordenado sua prisão após identificá-lo como organizador do protesto. Segundo Pagane, guardas avançaram contra manifestantes que gravavam a abordagem, tomaram celulares e deram voz de prisão a quem tentava filmar. Ele diz ter ficado três horas algemado em uma barra de ferro antes de ser apresentado à Polícia Civil. Dois homens foram presos durante o ato, que reuniu cerca de 40 pessoas, e liberados no dia seguinte. Prefeitura afirma que reforçou segurança A prefeitura de Campo Grande informou que reforçou a segurança devido ao grande fluxo de famílias e crianças no evento. Sobre a ação da GCM, disse que os manifestantes tentaram interromper a programação e foram orientados a se afastar. Segundo a administração municipal, houve desacato e um canivete foi apreendido com um dos detidos. Protesto na região central de Campo Grande. Reprodução Veja vídeos de Mato Grosso do Sul: