Juíza substitui prisão preventiva do pai de Neno Razuk por domiciliar com tornozeleira
Roberto Razuk, alvo da Operação contra o jogo do bicho em MS Redes sociais A Justiça substituiu a prisão preventiva de Roberto Razuk, pai do deputado estadu...
Roberto Razuk, alvo da Operação contra o jogo do bicho em MS Redes sociais A Justiça substituiu a prisão preventiva de Roberto Razuk, pai do deputado estadual Neno Razuk (PL-MS), por prisão domiciliar. A decisão é da juíza May Melke Amaral e foi tomada após a 4ª fase da Operação Successione, que prendeu Roberto e os dois filhos dele — Rafael e Jorge Razuk — na última terça-feira (25). A magistrada impôs uma série de medidas cautelares, incluindo o uso de tornozeleira eletrônica por 180 dias e a proibição de contato com os demais investigados na operação, com exceção dos próprios filhos. A decisão também autorizou uma perícia médica oficial para avaliar o estado de saúde de Roberto Razuk. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 MS no WhatsApp Operação prendeu pai e irmãos de deputado A fase mais recente da Operação Successione cumpriu 47 mandados de prisão e de busca e apreensão em cinco cidades do estado e em municípios de Goiás, Paraná e Rio Grande do Sul. Os familiares do parlamentar foram presos em Dourados, segunda maior cidade de Mato Grosso do Sul. Segundo o Ministério Público do Estado (MPMS), foram apreendidos mais de R$ 300 mil, além de armas, munições e máquinas usadas para registrar apostas do jogo do bicho. Defesa nega ligação com apreensões Dinheiro apreendido em operação Gaeco/ Divulgação O advogado da família, João Arnar Ribeiro, afirmou que os três foram presos em casa por volta das 6h e que, apesar do cumprimento de mandados de busca, nenhum item ilícito foi apreendido nas residências dos Razuk. Segundo ele, as apreensões divulgadas pelo MPMS não têm relação com a família do parlamentar. Os três foram levados para a Delegacia Regional de Dourados, onde permanecem custodiados — com exceção de Roberto, agora em prisão domiciliar. A defesa diz aguardar acesso aos autos para definir os próximos passos. O deputado não foi alvo de mandados nesta fase da investigação. Ele e sua assessoria ainda não se manifestaram. Em etapas anteriores da Successione, o MPMS denunciou Neno Razuk como chefe do grupo criminoso. Operação mira quadrilha do jogo do bicho Operação do Gaeco visa grupo criminoso envolvido com jogo do bicho A operação cumpriu 20 mandados de prisão preventiva e 27 mandados de busca e apreensão em Campo Grande, Corumbá, Dourados, Maracaju e Ponta Porã, além de outros alvos no Paraná, Goiás e Rio Grande do Sul. Segundo o MPMS, a quadrilha armada e violenta, ligada à exploração de jogos ilegais, corrupção e outros crimes. Conforme as investigações, o grupo também é suspeito de roubos armados durante a disputa pelo controle do jogo do bicho em Campo Grande após a operação Omertà. Com o avanço das investigações, o Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) identificou mais 20 integrantes do grupo, incluindo novos líderes. Eles atuavam para ampliar o domínio da organização no jogo ilegal em vários municípios de Mato Grosso do Sul. A operação desta terça-feira teve apoio de unidades do Batalhão de Choque, o Batalhão de Operações Especiais (Bope), a Corregedoria e da Força Tática. Grupo especializado no jogo do bicho Nos relatórios, o Gaeco apresentou indícios que ligam o deputado estadual Neno Razuk ao jogo do bicho. Para o MPMS, o parlamentar teria ganhado espaço em Campo Grande após a queda da família Name, antiga responsável pelo controle da atividade ilegal na capital. "A exploração de jogos de azar, em especial o jogo do bicho, naturalmente fomenta a prática de crimes como corrupção, extorsão, lavagem de dinheiro e homicídio, até mesmo para garantir o próprio funcionamento do ilícito, tratando-se de atividade extremamente maléfica à sociedade", diz trecho do documento do MPMS. Segundo a investigação do MPMS, o deputado tinha o controle das máquinas usadas no jogo do bicho no interior e em Campo Grande. Após a prisão de Jamil Name e Jamil Name Filho na Operação Omertà, Razuk teria entrado na disputa pelo comando da contravenção em Campo Grande. Ainda conforme o Gaeco, nessa disputa por espaço a organização criminosa que seria comandada pelo parlamentar teria participado de uma série de roubos à mão armada, cometidos durante o dia e no centro da cidade. A apuração aponta que os crimes tinham o objetivo de cooptar seguranças de uma quadrilha rival que também disputa o controle do jogo do bicho em Campo Grande. Veja vídeos de Mato Grosso do Sul: