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Da COP30 à moda consciente: vozes negras de MS que marcam o Dia da Consciência Negra

Jovens que inspiram e levam representatividade através de suas histórias Reprodução Seja levando o Pantanal para o debate global de sustentabilidade ou na t...

Da COP30 à moda consciente: vozes negras de MS que marcam o Dia da Consciência Negra
Da COP30 à moda consciente: vozes negras de MS que marcam o Dia da Consciência Negra (Foto: Reprodução)

Jovens que inspiram e levam representatividade através de suas histórias Reprodução Seja levando o Pantanal para o debate global de sustentabilidade ou na transição da vida acadêmica para o empreendedorismo, Eloize e Ângela são mulheres pretas e sul-mato-grossenses que ganharam destaque tanto no mercado de trabalho como também dentro da comunidade negra. Em celebração ao feriado de 20 de novembro, marcado pelo Dia da Consciência Negra, o g1 apresenta a trajetória dessas mulheres, referências em histórias reais que inspiram. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 MS no WhatsApp Do Pantanal para o mundo A estudante Eloize Inês Duarte, de 19 anos, foi escolhida para representar o bioma Pantanal na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), em Belém (PA). Ela foi selecionada após votação nacional que reuniu jovens de todos os biomas brasileiros. Eloize cursa Ciências Biológicas na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), no campus Pantanal, em Corumbá. Ela começou a trajetória científica ainda no ensino médio, quando participou de feiras e projetos de pesquisa. Nascida e criada na conhecida “capital do Pantanal”, ela conta que só na faculdade passou a entender melhor a importância da própria cidade. A seleção ocorreu durante as Plenárias da Juventude dos Biomas, organizadas pela Secretaria Nacional da Juventude (SNJ). O encontro reuniu mais de mil jovens ativistas em Mato Grosso do Sul. Eloize recebeu o maior número de votos e garantiu a vaga para representar o Pantanal na COP30. “Existir nesse momento, nessa voz, nessa luta, sendo uma jovem preta, é incrível e diz muito sobre como batalhamos para estar lá", afirma. A estudante completa dizendo que, antigamente, não era comum ver pessoas de pele preta ocupando espaços em áreas como ciência e política, mas que hoje, ao representar seu lar, consegue perceber a grandiosidade que essa oportunidade reflete na sociedade. Eloize recebeu moção de congratulações da Câmara Municipal dos Vereadores em Corumbá Reprodução Transformando paixão em negócio Ângela Batista Xavier, 32 anos, decidiu empreender há oito anos, após enfrentar dificuldades para conseguir emprego na área de formação. Formada em Letras, relata ter sofrido racismo ao entregar currículos e, diante do risco de ficar desempregada, acabou aceitando vagas em outras áreas, inclusive no setor funerário. Nesse período, surgiu a ideia de unir o interesse pela moda a um novo negócio. “Eu sempre fui muito tímida, desde a escola. Então a moda sempre foi uma forma de me expressar, de dizer muito do que eu queria através do que eu visto”. Ângela iniciou um brechó on-line voltado à moda sustentável. Desde o início, buscou originalidade e representatividade na marca. “No primeiro post da loja eu já quis trazer representatividade com modelos pretos. Chamei amigos para participar, para trazer isso". Com peças trazidas de Corumbá, montou o primeiro estoque e passou a investir no negócio. Depois, conquistou um ponto físico e inaugurou a loja em junho de 2025. "Me sinto muito orgulhosa da minha jornada, e feliz por não ter desistido. Empreender no Brasil não é fácil, todo mês é um desafio. Mas é preciso arriscar", completou a empresária. Ângela conquistou, em 2025, o espaço físico para o brechó. Reprodução Diferentes gerações se encontram no pedido de respeito e inclusão *Estagiária sob supervisão de Débora Ricalde Veja vídeos de Mato Grosso do Sul: