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Cientistas buscam ninhos de maior águia do planeta para revelar mistério no Pantanal; vídeo

A ave, conhecida também como águia-real, é ameaçada de extinção e pesquisadores tentam descobrir localização de ninho do casal em Mato Grosso do Sul. Ha...

Cientistas buscam ninhos de maior águia do planeta para revelar mistério no Pantanal; vídeo
Cientistas buscam ninhos de maior águia do planeta para revelar mistério no Pantanal; vídeo (Foto: Reprodução)

A ave, conhecida também como águia-real, é ameaçada de extinção e pesquisadores tentam descobrir localização de ninho do casal em Mato Grosso do Sul. Harpia foi registrada por especialistas, no Pantanal Especialistas retornaram a Corumbá (MS), neste mês, para tentar localizar ninhos de harpias. A expedição ocorre durante o período reprodutivo da ave, mais de uma década após o primeiro registro da espécie no coração do Pantanal. Apesar da presença confirmada, os pesquisadores ainda não sabem quantos indivíduos vivem no local. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 MS no WhatsApp A harpia é uma das maiores aves de rapina do mundo e está ameaçada de extinção. A descoberta de um casal da espécie na região foi o motivo que levou equipe à campo novamente. Os pássaros foram flagrados feita pela bióloga Yasmin Pereira durante um monitoramento de primatas. Conhecida também como gavião-real, a harpia é uma ave de grande porte que pode atingir 2,20 metros de envergadura (distância de uma ponta da asa à outra). Por ser uma espécie reclusa, que prefere matas fechadas e evita áreas abertas, sua observação na natureza é considerada rara e desafiadora. A ave está classificada como "quase ameaçada" de extinção na lista nacional do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e como "ameaçada" na lista estadual de Mato Grosso do Sul. Em busca do ninho O próximo passo dos pesquisadores é localizar o ninho do casal, mas a tarefa é um desafio. Segundo a equipe, a espécie costuma construir seus ninhos no alto de árvores robustas e em locais de difícil acesso, o que exige um esforço redobrado da equipe, que retornou à região em julho para o monitoramento. O biólogo e fotógrafo Gabriel Oliveira, que atua na região, explica que o comportamento da harpia no Maciço do Urucum ainda é pouco conhecido, o que diferencia este estudo de outros já realizados no país. “Em Corumbá, ainda conhecemos pouco sobre o comportamento da harpia, o que torna o trabalho ainda mais desafiador. Grande parte dos estudos disponíveis vem da região Amazônica, onde a estrutura florestal — com árvores muito mais altas e contínuas — é completamente diferente da vegetação presente no Maciço do Urucum”, detalha. Segundo ele, o maciço do Urucum, onde esses avistamentos ocorrem, é uma área de Matas Secas Chiquitanas que cobre os morros de Corumbá e é uma das formações geológicas com mais de 70 milhões de anos. Harpia em ameaça As principais ameaças à sobrevivência da harpia são a perda de habitat, causada pelo desmatamento e pela expansão de atividades humanas, além da caça ilegal. Por isso, a confirmação do casal na região é vista como um passo fundamental para fortalecer as iniciativas de monitoramento e conservação da espécie. A confirmação da presença constante do casal fortaleceu o monitoramento científico e iniciativas para a conservação da espécie. *Estagiária sob supervisão de José Câmara. Casal de harpias é monitorado em Corumbá, mas seu ninho ainda não foi localizado Gabriel Oliveira A harpia com um macaco da espécie bugio nas garras Gabriel Oliveira/Icterus Ecoturismo Veja vídeos de Mato Grosso do Sul: